(Im)perfeição
Dependendo do caminho que as sensações sigam, duas possibilidades são bem definidas. Uma delas seria a paixão, a qual veda plenamente os olhos e acarreta a longo prazo ressentimentos e sofrimento desnecessario por algo que de fato nunca existiu. O outro caminho, o da amizade tida verdadeira, é capaz de seguir adiante sem causar problemas. Problemas? Com certeza problemas nao existirão, se e somente se a relação for benéfica para ambas as partes; quando outros rendimentos entram em questão, o sentimento nobre definido como amparo, solicitude e cumplicidade incondicional transforma-se.
É fato, as relações interpessoais são regidas pelo jogo de interesses. Seja amizade, seja amor, seja o que for, a partir do momento que aparece algo mais conveniente para o indivíduo, ele mudará plenamente suas concepções e a relevância que ele dispensa sobre o outro. E o outro? Cabe a ele aceitar resignado a situação. Quando envolve sentimentos amorosos, essa aceitação é mais difícil, pois uma das partes se entregou mais e se sentiu lesada.
Numa amizade seria então diferente? Aparentemente sim, mas na prática não. Como o ser humano se diferencia dos demais animais por ter a capacidade de pensar, ele também pode ser diferenciado por ser capaz de manipular as situações em benefício próprio. Um ponto seria quando ele pensa no mal que pode fazer ao próximo, o dito amigo verdadeiro, ou somente no seu bel-prazer, o amigo falso.
Por mais perfeita que seja a pessoa, ela será falsa com um, amiga com outro, indiferente aos demais, e assim por diante... enfim, ela nunca foi nem será uma perfeição, porque o maior defeito ela possui intrinsecamente... é um ser humano... e assim tem sido...
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